terça-feira, 5 de junho de 2012

Jesus - O filho do Homem

(Um Depoimento Extrafísico)- WAGNER BORGES

Eu O vi passar com seus discípulos.
O seu rosto era um sol, e sua prosa era muito agradável.
Ele falava do Pai Celestial e ensinava que o Seu Amor estava em tudo.
E Ele era risonho, gostava de crianças e de tomar banho de chuva.
E eu me perguntava como o filho do Senhor podia ser tão simples, e ainda caminhar com os homens como igual?
Ele, o Grande Médico da Alma, que era pura simplicidade.
Ele, que via a verdade dentro do coração dos homens, sem jamais julgá-los, e que tinha o brilho das estrelas no olhar, o toque generoso e criativo, e um Grande Amor em seu coração.
Sim, eu O vi passar, e Ele fitou-me diretamente nos olhos.
Então, eu soube que Ele tinha visto a verdade em meu coração.
E uma onda de ternura serena entrou em mim.
E eu chorei muito, pois o amor daquele olhar dissolveu as faixas escuras que apertavam meu coração.
Eu era um homem cheio de arrogância e adorava julgar os outros.
Mas Ele me olhou como quem olha um irmão querido.
Eu andava em trevas, porém, o olhar d'Ele fez raiar a luz da aurora em meu Ser.
Ele estava ali, com o olhar do amanhecer da consciência, andando entre os homens da Terra... E eu fui tocado, em Espírito e Verdade, e tudo mudou!
Sim, o Amor dissolveu meu egoísmo. A Luz curou minha dor, que era o vazio de consciência.
Nunca mais O vi, mas Ele mudou minha vida, para sempre...
E as trevas que me rondavam, se foram. Desde então, caminho cheio de gratidão... E isso eu devo ao olhar d'Ele, o olhar do amanhecer da consciência... O olhar de Jesus, o Filho do Homem.

Em Espírito e Verdade!

Um Anônimo Servidor do Cristo
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)

- Nota de Wagner Borges: O espírito que me passou esses escritos não quer nenhuma evidência sobre sua personalidade, que, segundo ele, é coisa transitória da Terra. Para ele, está bom assim, um anônimo servidor do Cristo. Então, deixei como ele quis.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

CARTA DO CACIQUE SIOUX AO PRES. DOS E.U.A.

"O grande chefe de Washington mandou dizer que quer comprar a nossa terra. O grande chefe assegurou-nos também da sua amizade e benevolência. Isto é gentil de sua parte, pois sabemos que ele não necessita da nossa amizade. Nós vamos pensar na sua oferta, pois sabemos que se não o fizermos, o homem branco virá com armas e tomará a nossa terra. O grande chefe de Washington pode acreditar no que o chefe Seattle diz com a mesma certeza com que nossos irmãos brancos podem confiar na mudança das estações do ano. Minha palavra é como as estrelas, elas não empalidecem.

Como pode-se comprar ou vender o céu, o calor da terra? Tal idéia é estranha. Nós não somos donos da pureza do ar ou do brilho da água. Como pode então comprá-los de nós? Decidimos apenas sobre as coisas do nosso tempo. Toda esta terra é sagrada para o meu povo. Cada folha reluzente, todas as praias de areia, cada véu de neblina nas florestas escuras, cada clareira e todos os insetos a zumbir são sagrados nas tradições e na crença do meu povo.
Sabemos que o homem branco não compreende o nosso modo de viver. Para ele um torrão de terra é igual ao outro. Porque ele é um estranho, que vem de noite e rouba da terra tudo quanto necessita. A terra não é sua irmã, nem sua amiga, e depois de exaurí-la ele vai embora. Deixa para trás o túmulo de seu pai sem remorsos. Rouba a terra de seus filhos, nada respeita. Esquece os antepassados e os direitos dos filhos. Sua ganância empobrece a terra e deixa atrás de si os desertos. Suas cidades são um tormento para os olhos do homem vermelho, mas talvez seja assim por ser o homem vermelho um selvagem que nada compreende.
Não se pode encontrar paz nas cidades do homem branco. Nem lugar onde se possa ouvir o desabrochar da folhagem na primavera ou o zunir das asas dos insetos. Talvez por ser um selvagem que nada entende, o barulho das cidades é terrível para os meus ouvidos. E que espécie de vida é aquela em que o homem não pode ouvir a voz do corvo noturno ou a conversa dos sapos no brejo à noite? Um índio prefere o suave sussurro do vento sobre o espelho d'água e o próprio cheiro do vento, purificado pela chuva do meio-dia e com aroma de pinho. O ar é precioso para o homem vermelho, porque todos os seres vivos respiram o mesmo ar, animais, árvores, homens. Não parece que o homem branco se importe com o ar que respira. Como um moribundo, ele é insensível ao mau cheiro.
Se eu me decidir a aceitar, imporei uma condição: o homem branco deve tratar os animais como se fossem seus irmãos. Sou um selvagem e não compreendo que possa ser de outra forma. Vi milhares de bisões apodrecendo nas pradarias abandonados pelo homem branco que os abatia a tiros disparados do trem. Sou um selvagem e não compreendo como um fumegante cavalo de ferro possa ser mais valioso que um bisão, que nós, peles vermelhas matamos apenas para sustentar a nossa própria vida. O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem os homens morreriam de solidão espiritual, porque tudo quanto acontece aos animais pode também afetar os homens. Tudo quanto fere a terra, fere também os filhos da terra.
Os nossos filhos viram os pais humilhados na derrota. Os nossos guerreiros sucumbem sob o peso da vergonha. E depois da derrota passam o tempo em ócio e envenenam seu corpo com alimentos adocicados e bebidas ardentes. Não tem grande importância onde passaremos os nossos últimos dias. Eles não são muitos. Mais algumas horas ou até mesmo alguns invernos e nenhum dos filhos das grandes tribos que viveram nestas terras ou que tem vagueado em pequenos bandos pelos bosques, sobrará para chorar, sobre os túmulos, um povo que um dia foi tão poderoso e cheio de confiança como o nosso.
De uma coisa sabemos, que o homem branco talvez venha a um dia descobrir: o nosso Deus é o mesmo Deus. Julga, talvez, que pode ser dono Dele da mesma maneira como deseja possuir a nossa terra. Mas não pode. Ele é Deus de todos. E quer bem da mesma maneira ao homem vermelho como ao branco. A terra é amada por Ele. Causar dano à terra é demonstrar desprezo pelo Criador. O homem branco também vai desaparecer, talvez mais depressa do que as outras raças. Continua sujando a sua própria cama e há de morrer, uma noite, sufocado nos seus próprios dejetos. Depois de abatido o último bisão e domados todos os cavalos selvagens, quando as matas misteriosas federem à gente, quando as colinas escarpadas se encherem de fios que falam, onde ficarão então os sertões? Terão acabado. E as águias? Terão ido embora. Restará dar adeus à andorinha da torre e à caça; o fim da vida e o começo pela luta pela sobrevivência.
Talvez compreendêssemos com que sonha o homem branco se soubéssemos quais as esperanças transmite a seus filhos nas longas noites de inverno, quais visões do futuro oferecem para que possam ser formados os desejos do dia de amanhã. Mas nós somos selvagens. Os sonhos do homem branco são ocultos para nós. E por serem ocultos temos que escolher o nosso próprio caminho. Se consentirmos na venda é para garantir as reservas que nos prometeste. Lá talvez possamos viver os nossos últimos dias como desejamos. Depois que o último homem vermelho tiver partido e a sua lembrança não passar da sombra de uma nuvem a pairar acima das pradarias, a alma do meu povo continuará a viver nestas florestas e praias, porque nós as amamos como um recém-nascido ama o bater do coração de sua mãe. Se te vendermos a nossa terra, ama-a como nós a amávamos. Protege-a como nós a protegíamos. Nunca esqueça como era a terra quando dela tomou posse. E com toda a sua força, o seu poder, e todo o seu coração, conserva-a para os seus filhos, e ama-a como Deus nos ama a todos. Uma coisa sabemos: o nosso Deus é o mesmo Deus. Esta terra é querida por Ele. Nem mesmo o homem branco pode evitar o nosso destino comum."
última árvore for cortada,
Tatanka yatanka – Touro Sentado – Chefe Sioux.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Sunita, O Varredor de Rua

Sunita, o Varredor de rua
Postado por EVELISE ALVAREZ DE AGUIÃO em 14 janeiro 2012 às 9:30
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Nasci em uma família pobre.

Na miséria, escassa era minha comida.
Meu encargo era executar trabalho inferior:
Tinha que varrer flores mortas.

Eu era o desprezo de todos ao meu redor,
Era menosprezado, tratado com desdém.
Como tinha aberto mão da auto-confiança
Me curvava servil a todos.

Então um dia vi o Perfeito
Cercado por um séquito de monges.
Eu vi o Grande Herói quando ele fez
Sua entrada na capital de Magadha.

Dispensando minha muleta fui
Em direção a ele, perto o bastante para saudá-lo com respeito.
Então aconteceu que o Melhor dos Homens
Parou com compaixão para mim.

Me joguei diante dos pés do Mestre.
Então, me levantei de um lado, implorando
Para que ele, o Mais Elevado dos Seres, pudesse
Me aceitar, me concedendo ordenação.

O Mestre cuja compaixão envolve
O mundo, também sentiu compaixão por mim.
Me disse: “Venha monge!”. Assim,
Recebi minha ordenação como monge.

Sozinho, habitei dali em diante as florestas.
Sem falhas e cheio de zelo aspirei
Ao cumprimento das palavras do Mestre, como ele,
O Vitorioso, me ensinou a fazer.

E aconteceu que, na primeira vigília da noite,
Eu contemplei o conhecimento de vidas passadas.
Então, enquanto a segunda vigília se descortinava,
Alcancei clarividência, ganhando o olho divino.
E, na última vigília da noite,
Atravessei a nuvem da ignorância, e me libertei.

Theragata* 620 | 1
citado em “The Historical Buddha”, H. W. Schumann

* escritura que reúne poemas dos discípulos diretos de Buda. O autor desse trecho é referido como Sunita, o Varredor de Rua

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

MEUS SECRETOS AMIGOS

MEUS SECRETOS AMIGOS
(Paulo Sant'Ana – no livro “O Gênio Idiota” – 1992 – Ed. Mercado Aberto)

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade, disse o Jorge Luís Borges. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores. Mas enlouqueceria se morressem os meus amigos. Até mesmo aqueles amigos que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências.
Alguns deles não procuro. Basta-me somente saber que eles existem, essa mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas porque não os procuro com assiduidade pejo-me de lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação dos meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não o declare e não os procure. E às vezes, quando os procuro, noto que eles não têm noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital. Porque eles fazem parte do mundo que eu tremulamente construí. E se tornaram alicerces do meu encanto pela vida. Se algum deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo para a loucura ou para o suicídio. Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles. E me envergonho porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem-estar. Ela é talvez maior fruto de meu egoísmo do que por quanto eles souberam tornar-se a mim tão caros. Mas como as duas coisas se confundem, eu alivio minha consciência.
Por vezes, mergulho em pensamento sobre alguns deles. Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me uma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer. Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos que sabem que são meus amigos. E principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

SATHYA SAI BABA

As impressões dos sentidos, da mente e da inteligência não têm nada a ver com o Atma (Eu Divino), o que você realmente é. O Atma não é afetado por qualquer assunto ou objeto ou prazeres. Conhecer o Atma como tal entidade, não afetada e desapegada, é o segredo de Jnana (Sabedoria). Essa tomada de consciência irá guiá-lo tanto no caminho exterior (Pravritti marga) como no interior (Nivritti marga). Esse conhecimento não irá bloquear a ação, mas vai preenchê-la com propósito e significado. Isso construirá a fé, inspirará uma vida moral e levará o homem ao reino da libertação ao longo da estrada de Karma Nishkama, ação que não é instigada por desejos. Para realizar a libertação, Jnana é o caminho direto. Portanto, é incomparavelmente sagrado. E, naturalmente, conclui-se que a ignorância é sem dúvida o mais desprezível. "Veja o Universal no particular, veja o particular no Universal -- essa é a essência da Jnana", declarou Krishna na Gita.”
Sathya Sai Baba

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CORAÇÃO ESPIRITUAL

O coração espiritual não é lugar de descargas emocionais.
Pelo contrário, é o lar do habitante sutil. É a casa secreta do espírito.
No entanto, há muito tempo o ser humano vem conspurcando esse templo interno.
E, ao submeter-se à influência de suas emoções densas, ele permite que outras consciências, extrafísicas, também carentes de sentimentos nobres, se conectem às suas energias, instalando em sua aura*, então, os processos de vampirismo psíquico.
Urge que o habitante terrícola exonere-se das emoções conflitantes de sua vida.
Pois, sem equilíbrio emocional, o coração do homem se torna "terra de ninguém".
Mais do que nunca, é essencial meditar nos ensinamentos do meigo Jesus, que exaltava aos homens o cuidado com a qualidade de seus pensamentos e ações.
Não foi à toa que Ele disse, "orai e vigiai!"
Orar é conectar-se ao Alto, em espírito e verdade.
E vigiar significa manter a casa mental em ordem e o coração limpo.
O homem é muito mais do que pensa. É espírito. É centelha divina na carne.
E há um tesouro de luz em seu Ser.
Portanto, urge que cada um descerre o véu do mistério que encobre a riqueza que o Grande Arquiteto Do Universo deixou em seu coração.
Que o Amor dissolva as brumas das ilusões. E que a consciência desperte!
Porque o coração não é lugar de coisas ruins. Não, não!
É o centro do espírito. E é o lar da Luz**.

Paz e Luz.

- Ramael*** -
(Recebido espiritualmente por Wagner Borges.)

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Centro

Centro


“Bem fundo na nossa consciência há um oásis de paz. Este é o núcleo da alma. Não é quente, mas fresco. Não é passivo, mas uma fonte de poder interno que abastece nossa mente e intelecto para que possamos criar pensamentos poderosos e tomar decisões precisas. Quando aprendemos a ir para esse centro, paz será nossa companheira, positividade nossa parceira. Estaremos prontos para nos animar em um segundo, em qualquer lugar, a qualquer hora. Retornar para o centro do eu é a jornada de um segundo. É o destino das almas espertas e despertas. É a fonte de nosso poder e paz.”

Brahma Kumaris